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‘Vírus zumbi’ de 48.500 anos estão ressuscitando do permafrost Na Sibéria

Atualizado: 19 de out de 2023

Notícia


‘Vírus zumbi’ de 48.500 anos estão ressuscitando do permafrost Na Sibéria - História em Destaque

Pesquisadores coletando amostras do gelo. Imagem AFP. Divulgação.


Os especialistas usam o termo “vírus zumbi” para se referir aos vírus inativos há muito tempo. Eles acreditam que esses vírus podem causar doenças graves. Os pesquisadores ressuscitaram “vírus zumbi” que estavam adormecidos há dezenas de milhões de anos no permafrost da Sibéria (Tab 1.). Segundo o artigo publicado no Science Direct, o “vírus zumbi descoberto no gelo russo parece algo saído de um filme de terror, mas é difícil ficar surpreso após a pandemia”.


Tabela 1. História, tipos e distribuição global do "vírus Zumbi".

Região encontrada

Lago congelado na Rússia

Idade

48.500 anos

Tipo

Zumbi parasita

Nome científico

Pandoravirus yedoma

Espécies relatada

13

País

Rússia, Alemanha e França

Aquecimento global

renascimento do vírus zumbi

Esse patógeno representa o desconhecido na ficção sobre doenças infecciosas, “vivendo perto de nós, mas além dos nossos sentidos”, diz um trecho do artigo. A doença é transmitida pelo hospedeiro e os sintomas surgem mais tarde. À medida que as “hordas de zumbis” se enfurecem, os danos internos ao hospedeiro se tornam externos e os padrões de contágio são revelados. Os cientistas afirmam que o “vírus zumbi” destaca o desastre, permitindo rastrear a sua propagação.



Os “vírus zumbi” agem como substitutos para as doenças ou enfermidades em sua organização semelhante a uma infecção. Os pesquisadores têm utilizado o surto aritmético de “zumbis” para ensinar padrões de infecção e medidas de contenção. A infecção pelo “vírus zumbi” é transmitida pela mordida de tecido contaminado através da pele ferida e pelo transplante para seres humanos. Outros vírus semelhantes incluem o da raiva, a doença de Creutzfeldt-Jakob, o CMV, o vírus do herpes e o HIV. Trezes novos vírus zumbis permaneceram inativos por milênios no permafrost, até surgirem como resultado do degelo. A descoberta revela que a nova cepa possui um dos 13 genomas virais. O Pandoravirus yedoma, com 48.500 anos, é o vírus ressuscitado que permaneceu mais tempo congelado. Ele superou o vírus de 30.000 anos encontrado na Sibéria em 2013.


Os pesquisadores não sabem se os “vírus zumbi” permaneceram infecciosos se expostos a ambientes externos e por quanto tempo, e nem se encontrarão um hospedeiro nesse intervalo. “O risco aumentará quando o permafrost derreter e mais pessoas migrarem para o Ártico devido à industrialização”, dizem os especialistas. O degelo do permafrost libera material orgânico de milhões de anos, gelo, que se decompõe em dióxido de carbono e metano, causando um aumento do efeito estufa. Vírus de tempos pré-históricos, procariontes ressuscitados e eucariotos unicelulares são alguns exemplos de matéria orgânica.



Potencial impacto

Após analisar culturas vivas, os cientistas descobriram que todos os “vírus zumbi” são um perigo para a saúde, pois eles podem se propagar. Com o derretimento do permafrost, ocorrerá a reativação dos vírus zumbis, tornando as pandemias mais comuns. O grande temor dos pesquisadores é de que os vírus “ressurgentes” e outros microrganismos libertados no futuro pelo degelo, possam representar um risco grave para o ser humano. Algumas entidades, entre elas o Greenpeace, expressaram preocupação com a possibilidade de vírus “ressuscitados” poderem desencadear uma nova pandemia. Algumas instituições de pesquisas estão se concentrando em doenças como germes e organismos maiores. Pesquisadores descobriram no ano passado um vírus de 15 mil anos sob uma calota polar tibetana. Em 2018, vermes nematóides microscópicos foram recuperados de amostras congeladas de solo de 42.000 anos na Sibéria. Segundo Birgitta Evengard, da Universidade Umea, na Suécia, “é impossível prever se os microrganismos encontrados no degelo do permafrost prejudicariam as pessoas”. No entanto, ela chama a descoberta de “Caixa de pandora”, podendo representar infecções humanas ou consequências ambientais. O Mar de Bering recebe material do permafrost através de três rios da Sibéria, causando correntes oceânicas turbulentas. Os pesquisadores explicam que esse material viaja pelo mundo em no máximo duas semanas. “Todos os ecossistemas, oceanos, terra e ar – estão inextricavelmente ligados”, diz um trecho do artigo.



Evengard afirmou que os pesquisadores devem investigar a Sibéria para descobrir o que está acontecendo com o derretimento do permafrost que ameaça introduzir vírus no ecossistema. Os vírus zumbis tem a capacidade de permanecer adormecido no gelo por anos antes de ressurgir quando o gelo derrete. Os cientistas descongelaram um vírus de ameba evoluiu para um vírus zumbi de 48.500 anos.


No artigo, os pesquisadores ressaltam o perigo que os vírus zumbis representam, pois podem infectar os humanos, resultando em uma infecção fatal. Os vírus zumbis descongelados pelos cientistas foram encontrados em órgãos de lobo e lã de mamute.



Fonte: Science Direct

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