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Tudo o que sabemos até agora sobre ‘objetos não identificados’ abatidos nos EUA e no Canadá

Notícia


Coleta de destroços do balão chinês - História em Destaque

Marinheiros do Grupo 2 de Eliminação de Munições Explosivas recuperam destroços do misterioso balão chinês que foi derrubado pelos Estados Unidos na costa de Myrtle Beach, Carolina do Sul. Foto: U.S. Fleet Forces/U.S. Navy. Divulgação.


No último domingo (12), caças americanos derrubaram outro “objeto não identificado” – dessa vez sobre o Lago Huron, em Michigan. Essa é a quarta vez que derrubaram um objeto em pouco mais de uma semana.


Uma dessas aparições de “objeto não identificado” no início deste mês acabou revelando ser um balão espião da ditadura chinesa, que possivelmente coletava informação enquanto sobrevoava áreas militares dos EUA. Posteriormente, o governo americano ordenou a seu derraba próximo da costa da Carolina do Sul no dia 4 de fevereiro.



Segundo as autoridades, esses objetos não são como o balão chinês, que tinha cerca de 60 metros de altura e viajou a uma altitude de 18.000 metros. Esses objetos “não identificados” foram avistados em altitudes mais baixas, representando um risco para aeronaves civis.


Questionado se esses objetos poderiam ser alienígenas, o General Glen D. VanHerck, comandante do Comando do Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte respondeu: “Não descartei nada”.


O atual governo dos EUA acusou anteriormente a China de realizar diversas missões de espionagem em grande altitude, atingindo mais de 40 países até agora. No entanto, a ditadura chinesa acusou os EUA de invadir seu espaço aéreo com balões espiões ao menos 10 vezes desde o ano passado. Acusação negada veemente pela Casa Branca.


Aqui estão as informações que temos até agora.


EUA

No dia 28 de janeiro, um balão espião de 60 metros de altura sobrevoou as Ilhas Aleutas, próximo do Alasca, antes de invadir o continente americano em 31 de janeiro. O objeto foi avistado por pilotos civis e despertou preocupação, levando o Pentágono a confirmar sua presença no país no dia 2 de fevereiro. As autoridades cancelaram temporariamente os voos de Billings, Montana, e enviou caças F-22 para o local.


Pentágono continua a sondar objetos voadores desconhecidos. Vídeo da ABC.


A revelação desse balão foi motivo de muito debate, muitos questionaram por que as autoridades dos EUA não agiram antes. No dia 4 de fevereiro, o balão espião foi finalmente derrubado por caças americanos na Carolina do Sul.


“Nossa preocupação número um era como podemos derrubar isso, sem criar riscos indevidos para pessoas ou propriedades”, disse um alto funcionário da defesa à imprensa durante uma coletiva de imprensa.


De acordo com o Departamento de Estado Americano, o balão espião tinha tecnologia que permitia a coleta de dados sobre comunicação e localização dos americanos. A trajetória do balão espião da China passou por várias áreas de segurança, incluindo a Base Aérea de Malmstrom, em Montana, local de campos de mísseis intercontinentais com ponta nuclear.



Durante o governo Trump, pelo menos quatro incidentes semelhantes ocorreram; balões foram vistos seguindo para o Texas, Flórida e Guam, descobertos depois que aviões espiões U-2 capturaram imagens e coletaram dados eletrônicos.


Na sexta-feira (10), outro objeto não identificado, voando a cerca de 12.000 metros, foi abatido por caças próximo das águas do Alasca. Segundo o porta-voz da Casa Branca, John F. Kirby, o objeto não representava uma ameaça grave, mas foi derrubado “com muita cautela”.


As autoridades americanas não sabem ao certo se o objeto era um balão, nem o seu dono. Kirby falou aos repórteres que o objeto era muito menor do que o balão espião de 60 metros e teria aproximadamente o tamanho de um “carro pequeno”. O NORAD rastreou por 24 horas até localizá-lo e abatê-lo na quinta-feira.


“Estamos chamando isso de ‘objeto’ porque essa é a melhor descrição que temos agora”, disse Kirby. “Não sabemos quem é o dono, se é estatal, privado ou corporativo. Nós simplesmente não sabemos”.


Canadá

No último sábado, outro “objeto não identificado” foi avistado no espaço aéreo dos EUA, e por ordem do presidente Joe Biden e do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, o objeto foi movido para o território canadense antes de ser abatido por um caça F-22.



O objeto estaria voando a cerca de 12.000 metros, e seu formato foi descrito como “cilíndrico”. Ele foi abatido próximo das 16 horas. A ministra da Defesa canadense, Anita Anand, afirmou que as autoridades do Canadá não conseguiram identificar qual era o objeto ou sua origem.


Segundo o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD), o objeto foi detectado pela primeira vez na sexta-feira pelo próprio comando e por dois caças F-22 da Base Conjunta Elemendorf-Richardson, no Alasca, que passaram a monitorar o objeto de perto. Assim que o objeto chegou ao espaço aéreo canadense no sábado, foi abatido por um míssil de curto alcance (um AIM-9X) próximo do centro de Yukon.


De acordo com um comunicado divulgado pela Casa Branca no sábado, as autoridades esperam recuperar o objeto e “determinar mais detalhes sobre sua finalidade ou origem”.


No domingo, o Departamento de Defesa dos EUA confirmou em comunicado que um F-16 americano abateu um objeto sobre o Lago Huron. “O local escolhido para esta derrubada nos deu a oportunidade de evitar o impacto nas pessoas em solo, melhorando as chances de recuperação de detritos.”


Também no domingo, a China avistou um objeto não identificado próximo à cidade de Rhizao, na China. Um meio de comunicação controlado pelo regime ditatorial chinês (o Global O Times), disse que “As autoridades marítimas locais na província de Shandong, no leste da China, anunciaram no domingo que haviam avistado um objeto voador não identificado nas águas próximo da cidade costeira de Rizhao, na província, e estavam se preparando para derrubá-lo, lembro aos pescadores de se protegerem por meio de mensagens”.



O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Webin, afirmou na segunda-feira que os EUA têm lançado balões de alta altitude no espaço aéreo chinês e de outros países. “Só no espaço aéreo da China seriam mais de 10 vezes sem aprovação das autoridades do regime chinês”, afirma Webin.


As alegações foram negadas pela porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson.


“Webin alegou repetidas vezes e erroneamente que o balão espião que enviou sobre os EUA, era um balão meteorológico e não deu nenhuma outra explicação sobre a invasão de nosso espaço aéreo, e espaço aéreos de outros”, diz Watson.


O que são esses objetos? Poderiam ser alienígenas?

A descoberta do balão espião da China, deixou as autoridades de segurança americanas em alerta, procurando tornar os sistemas de radar mais sensíveis para detectar mais rapidamente objetos em movimento lento no céu – em vez de focar em coisas que se movem rapidamente, como aviões e mísseis.


O secretário adjunto de Defesa para Assuntos Hemisféricos e de Defesa Interna dos EUA, atribui, em parte, o aumento de objetos detectados na semana passada ao aprimoramento de radares e estudos mais detalhados do espaço aéreo nessas altitudes.


As autoridades americanas estão atualmente revisando imagens de vídeo e leituras de sensores dos objetos para avaliar o que são esses objetos, qual a sua origem e sua finalidade.



O comandante do NORAD, VanHerck, não descartou a possibilidade de que esses objetos tenham vindo de extraterrestres. Mas, segundo o New York Times, outras autoridades de segurança nacional disseram que nenhum funcionário sênior acredita que esses dispositivos não tenham vido da Terra.



Fonte: Time

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