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Primeira mulher a ser condenada à morte na cadeira elétrica

Atualizado: 22 de fev. de 2023

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Primeira mulher a ser condena à morte na cadeira elétrica

Lizzie Halliday foi uma assassina que aterrorizou os EUA no século XIX, e se tornou a primeira mulher a ser condenada à morte na cadeira elétrica. Lizzie era uma serial killer considerada a pior mulher da história.


Em 21 de junho de 1894, o mundo via pela primeira vez o caso de uma mulher sendo condenada à morte na cadeira elétrica. As investigações apontaram que Lizzie assassinou pelo menos cinco pessoas, mas há suspeita de que ela tenha feito muito mais vítimas. Após sua morte, o The New York Times a descreveu como “a pior mulher do mundo”.



Eliza Margaret McNally nasceu em 1859, na Irlanda. Quando criança mudou-se com sua família para os Estados Unidos, onde se casou pela primeira vez aos 20 anos. Alguns anos depois seu marido morreu misteriosamente, e ela se casou uma segunda vez, agora com um veterano de guerra que foi encontrado morto.


Logo após a morte de seu segundo marido, Margaret partiu para um terceiro relacionamento que também não durou muito, e quando o seu terceiro marido a abandonou, ela se casou novamente com outro homem. No entanto, a história parecia se repetir, uma vez que seus maridos sempre desapareciam em circunstâncias misteriosas. Pouco tempo depois do desaparecimento de seu último marido, Margaret também desaparece sem deixar rastros. Passado algum tempo, Lizzie foi encontrada na Filadélfia com sua nova família após incendiar sua loja para receber o dinheiro do seguro, mas o plano não funcionou e ela acabou sendo presa e cumpriu dois anos de prisão.



Após cumprir a pena, Lizzie Halliday viajou para Newburgh, no Condado de Orange, Nova Iorque, onde conheceu um viúvo com quem teve um relacionamento curto. Mais uma vez o relacionamento não durou muito e o homem se tornou mais uma das vítimas de Lizzie. Após assassinar seu último marido, Lizzie fugiu com seu vizinho que se tornou seu mais novo marido. Não demorou muito e Lizzie foi parar em uma casa de repouso levada por seu marido que a considerava louca. Essa “prisão” não conseguiu pará-la, e pouquíssimo tempo depois ela estava novamente em casa. De volta ao lar, ela provocou um incêndio que acabou matando o seu enteado que já sofria há um bom tempo nas mãos da madrasta. O sumiço repentino de Lizzie Halliday logo após o incêndio chamou a atenção dos vizinhos e da polícia, que passou a investigar se ela estava envolvida.

Os investigadores refizeram os passos de Lizzie e acabaram encontrando em duas casas os corpos baleados de duas mulheres que teriam dado abrigo a ela. Além disso, os policiais encontraram em outra casa o corpo mutilado do viúvo e ex-marido de Lizzie, Paul Halliday. Depois dessas descobertas ela foi localizada e presa. Na prisão, Lizzie Halliday apresentava um comportamento muito estranho, rasgando as próprias roupas e falava de maneira incompreensível. Segundo os investigadores, tudo não passava de uma tática para que as autoridades pensassem que ela estaria louca. Até o dia do julgamento ela se recusava a comer, ateava fogo na cama, tentava se enforcar e chegou a tentar cortar a própria garganta.


Lizzie Halliday era diferente de todos os outros serial Killers que já haviam vistos. Ela se tornou uma figura popular na mídia e até concedeu entrevistas para vários jornais. Com tamanha exposição na mídia, notícias falsas e manchetes sensacionalistas começaram a surgir. Ela passou a ser acusada de crimes que seriam impossíveis dela ter praticado. Entretanto, a maior visibilidade estaria por vir com a sua condenação: morte por eletrocussão, mas como a história de Lizzie é cheia de surpresas, o diagnóstico de insanidade deu positivo e sua condenação foi convertida em prisão perpétua.


Lizzie Halliday foi enviada para uma instituição que abrigava criminosos insanos, onde permaneceu até sua morte em 1918. Antes de sua morte, ela cometeu seu último crime brutal em 1906, quando golpeou uma enfermeira com uma tesoura por mais de duzentas vezes.



Fonte: Library Of Congress

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