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Pesquisadores reconstroem o rosto de três múmias egípcias a partir do DNA


O rosto de três múmias egípcias antigas foi trazido à vida pela Parabon NanoLabs, Inc. usando DNA com mais de 2.000 anos.JANET CADY, MARK WILSON E ELLEN GREYTAK / PARABON NANOLABS, INC.


Pesquisadores da empresa Parabon NanoLabs, especializada em fenotipagem de DNA, na Virgínia, EUA, realizou a reconstrução em imagens 3D dos rostos de três antigos egípcios pertencentes a uma comunidade da margem ocidental do Nilo. Foram usadas para a realização desse trabalho, amostradas de DNA retiradas de múmias com mais de 2 mil anos. Munidos com tecnologia de ponta, os cientistas e um artista forense, recriaram a aparência dos homens na época em que tinham por volta de 25 anos.


Cada ser humano tem o DNA completamente único. Ele contém informações genéticas importantes sobre cada pessoa, como cor dos olhos, cor do cabelo e altura. Ele carrega todas as instruções que uma pessoa precisa para crescer, funcionar e se reproduzir. As fotos produzidas pela Parabon foram criadas a partir de um processo especial chamado fenotipagem forense por DNA.


O estudo do DNA antigo das múmias egípcias foi realizado em 2017, por pesquisadores do Instituto Max Planck, na Alemanha. Agora em 2021, os cientistas da Parabon NanoLabs usaram esses dados para criar modelos em 3D dos rostos das múmias.

As múmias foram batizadas com uma combinação de letras e números. JK2134 teria vivido entre os anos 776 – 569 a.C.; JK2888, entre 97 – 2 a.C., e JK2911, entre 769 – 560 a.C. Segundos os pesquisadores, o trio se assemelharia atualmente mais as pessoas do Mediterrâneo e do Oriente Médio do que aos egípcios de hoje. Os cientistas explicam que os egípcios receberam uma miscigenação subsaariana adicional em tempos mais recentes, o que levou os estudiosos a estipular que sua pele seria marrom clara e sem sardas, enquanto seus olhos e cabelos seriam escuros.



As três múmias são de homens que vieram de uma antiga vila do Nilo na região central do Egito chamada Abusir el-Meleq. Para os cientistas, as múmias foram sepultadas entre 1380 a.C. e 425 d.C.


A reconstrução só foi possível graças a amostras genéticas obtidas de três múmias egípcias disponíveis no European Nucleotide Archive (ENA) e aos avanços biométricos no campo da “imputação da baixa cobertura”. Após o processo de imputação, a empresa Parabon submeteu as amostras a uma técnica de fenotipagem de DNA instantâneo.


Ao final do processo, a morfologia facial tridimensional mostrou os rostos e perfis dos homens, e foi possível prever a ancestralidade de cada múmia e sua pigmentação.


"É ótimo ver como o sequenciamento do genoma e a bioinformática avançada podem ser aplicados a amostras de DNA antigo", diz Ellen Greytak, diretora de bioinformática da Parabon.



Fontes: History e Archyder

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