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O que é Antissemitismo?

Atualizado: 19 de out de 2023

Matéria


O que é Antissemitismo? - História em Destaque

Retrato de membros de uma família judia húngara. Eles foram deportados e mortos em Auschwitz logo depois que esta foto foi tirada. Kapuvar, Hungria, 8 de junho de 1944.


Fatos importantes

1 - Durante a Idade Média e início da era moderna, a forte oposição religiosa em relação aos judeus da Europa resultou na criação de leis antijudaicas, violência e expulsões. Em quase toda a Europa, leis, políticas e costumes segregaram os judeus do resto da população, proibindo-os de possuir terras e relegando-os a empregos específicos.


2 - Por meio da emancipação política, muitas destas restrições foram levantadas no século XIX, mas na Rússia czarista, as leis antijudaicas permaneceram até 1917.


3 - Os judeus eram vistos pelos nazistas como uma “raça” afastada e perigosa que nunca poderia ser incorporada pela sociedade europeia. Esse pensamento baseou-se em séculos de sentimento antijudaico – religioso, econômico e político.



Origem e significado do termo

O termo Antissemitismo foi criado pelo jornalista alemão Wilhelm Marr em 1879, e significa não só preconceito ou ódio aos judeus, como também, o ódio a várias intenções políticas liberais e internacionais dos séculos XVIII e XIX, frequentemente associadas aos judeus. As tendências atacadas incluíam direitos civis iguais, livre comércio, socialismo, democracia constitucional e capitalismo. Um exemplo extremo do antissemitismo na história foi a perseguição, o assassinato e o holocausto de judeus europeus realizado pelo Estado alemão nazista e seus colaboradores entre 1933 e 1945.


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Antissemitismo na História

Precedendo a era moderna e a criação do termo antissemitismo, o ódio específico aos judeus se manifestou de forma comum ao longo da história. Entre essas manifestações estavam os pogroms (palavra russa que significa “causar estragos, destruir violentamente”). Esses ataques violentos foram lançados contra os judeus, frequentemente encorajados pelas autoridades do governo. Tais revoltas eram incitadas por falsos rumores de que o povo judeu usava o sangue de crianças cristãs para rituais.



Na segunda metade do século XIX, os antissemitas acrescentaram uma visão política à sua ideologia de ódio. Na Alemanha, França e Áustria, foram criados partidos políticos antissemitas. Os protocolos dos Sábios de Sião geraram teorias falsas de uma conspiração judaica internacional. O nacionalismo era um grande componente político do antissemitismo, cujos adeptos muitas vezes denunciavam os judeus falsamente como cidadãos desleais.


Apoiado pelos teóricos da antropologia racial e a pseudociência, o xenófobo “movimento voelkisch” (um movimento popular) do século XIX – constituído por filósofos, estudiosos e artistas alemães que viam o povo judeu como um estranho à Alemanha, moldando os judeus como “não-alemão”.



O início do antissemitismo nazista

Fundado em 1919 e liderado por Adolf Hitler, o Partido Nazista, impulsionou às teorias do racismo, e ganhou popularidade disseminando propaganda antijudaica. O livro de Hitler, Mein Kampf (Minha Luta), que pedia a remoção dos judeus da Alemanha, vendeu milhões de exemplares.


Com a escalada do nazismo ao poder em 1933, o partido ordenou boicotes econômicos antijudaicos, promulgou legislação antijudaica discriminatória e encenou a queima de livros. A separação total dos chamados “arianos” e “não-arianos”, teve início em 1935, com as Leis de Nuremberg que definiram os judeus racialmente por “sangue”, legalizando assim uma hierarquia racista.



Na terrível noite de 9 de novembro de 1938, os nazistas destruíram vitrines de lojas de judeus e sinagogas em toda a Alemanha e Áustria (esse evento é conhecido hoje como o pogrom Kristallnacht). Este evento marcou uma transição para uma era de destruição, onde o genocídio se tornaria o foco singular do antissemitismo nazista.



Fonte: United States Holocaust Memorial Museum, Washington, DC



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