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O fim da Batalha de Kursk

Atualizado: 4 de nov de 2022

Hoje na História




17 de julho de 1943


Em 17 de julho de 1943, chegou ao fim a maior e mais famosa batalha de tanques da história das guerras. Em fevereiro de 1943, o exército alemão sofreu uma humilhante derrota na batalha de Stalingrado. Era a primeira grande derrota alemã desde o início da guerra, chegando a perder mais de 200 mil homens e obrigando as tropas de Hitler a recuar para se reorganizar.



Em 5 de julho de 1943, teve início o ataque com tanques alemães que se dirigiram a cidade de Kursk simultaneamente pelo norte e ao sul. Esse ataque alemão logo foi parado pelos obstáculos russos espalhados por todo o perímetro de defesa. Minas antitanques eram colocadas pelas tropas russas à medida que os tanques iam avançando, tornando o terreno um inferno para o Mark VI.

No entorno da cidade de Kursk calcula-se que mais de 40 mil minas antitanques tenham sido colocadas. Essas minas tiveram um papel muito importante na guerra, atrasando o avanço das tropas e quebrando formações. Na parte norte, as defesas russas funcionaram e o segundo exército alemão não consegui abrir caminho, logo a ofensiva pelo norte foi suspensa. Antes do fim do primeiro dia, os tanques alemães já haviam penetrado nas linhas russas cerca de 10 km pela parte sul.



Os tanques alemães conseguiam destruir 18 tanques russos por dia, mas estes eram repostos com facilidade pelas fábricas soviéticas que trabalhavam em ritmo acelerado, deixando as tropas de Hitler em desvantagem. Na manhã de 12 de julho, os exércitos dos dois lados se encontraram no campo de batalha próximo a Prokhorovka iniciando o maior confronto entre tanques da história das guerras. Do lado alemão estava a sua principal arma, o tanque Mark VI (Tiger), pesando 56 toneladas. No lado soviético estava o tanque T 34, pesando 31 toneladas.


O general russo Zhukov, usando a tática alemã chamada Blitzkrieg (guerra relâmpago) lançou um ataque rápido contra os tanques alemães se misturando entre eles e atirando a curto alcance, dificultando uma reação mais efetiva por parte das tropas de Hitler com os seus Tiger que eram bons a longas distâncias.


A luta foi travada corpo a corpo numa proximidade em que os soldados soviéticos podiam atacar e destruir os tanques Tiger usando garrafas de uma nova versão de coquetel molotov tão sofisticada que não precisava que os soldados perdessem tempo acendendo. Essa nova versão de coquetel funcionava por reação química. Gasolina, borracha e ácido sulfúrico eram colocados dentro de uma garrafa onde era amarrada uma substância que queimava quando entrasse em contato com o ácido sulfúrico.



No sétimo dia de batalha, Hitler enviou uma mensagem para seu general von Masntein, comunicando que os aliados haviam invadido a região da Sicília e com isso a Itália corria grande risco de ser reconquistada.

O Führer perdeu seu interesse pelo front ocidental e ordenou que seus tanques, Mark VI se retirassem da cidade de Kursk e partissem para a Itália em uma viagem de mais de dois mil quilômetros. Essa retirada deixou a frente de batalha enfraquecida, mas os planos do general von Masntein não eram de se retirar. Ele fez um acordo com Hitler para permanecer em Kursk.


No dia 17 de julho de 1943, Adolf Hitler novamente ordenou que sua divisão de planzer se retirasse completamente da região de Kursk pondo fim a maior batalha de tanques da história. Com a retirada dos tanques alemães, os russos recuperaram em poucos dias o terreno que haviam perdidos para as tropas de Hitler.


Em quase duas semanas de combate, o vitorioso exército soviético havia sofrido quase 180 mil baixas entre desaparecidos, feridos ou mortos. Já os alemães perderam menos de 1/3 desse total, contabilizando 50 mil mortos e feridos.



Bibliografia



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