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Novas descobertas revelam segredos da evolução dos vertebrados

Atualizado: 9 de out. de 2023

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Novas descobertas revelam segredos da evolução dos vertebrados - História em Destaque

Fósseis de Xiushanosteus mirabilis permitiu que os pesquisadores reconstruíssem a anatomia do peixe em detalhes. Imagem: Heming Zhang. Divulgação.


Fósseis descobertos no sul da China revelam detalhes sobre os vertebrados de mandíbula (99% de todas as espécies de vertebrados na Terra), inclusive o homem.


Os arqueólogos encontraram fósseis de peixes, pequenos animais com dentes nunca vistos antes. Para os pesquisadores, as descobertas representam o preenchimento de uma importante lacuna no registro fóssil.


Determinado pelos cientistas, o Período Siluriano (entre 443,7 milhões e 416 milhões de anos atrás), foi o período quando os vertebrados de mandíbula começaram a se diferenciar rapidamente, e marcado também pelo derretimento das calotas polares e a elevação dos níveis dos mares. Grande parte das evidências sugere que os peixes sem mandíbula eram mais comuns nesta época. A maioria dos fósseis de peixes de mandíbula encontrados, grande parte é cartilaginosa, semelhante aos tubarões e raias modernas. Foi nesse período que surgiram os recifes de corais, animais e plantas aparecem em áreas continentais.



Em um estudo publicado na revista científica Nature, tendo como autores: Qiang Li, You-an Zhu, Jing Lu e Yang Chen, explicam que o tesouro de restos de diversas espécies bem preservados encontrados juntos em um mesmo local, muda expressivamente o entendimento atual. Foram encontrados peixes com espinhas e dentes, especialmente peixes encouraçados, mas há apenas um único condrichthyan presente.


Há cerca de 480 milhões de anos, surgiu o primeiro peixe a desenvolver uma espinha dorsal. Os sucessores desses peixes desenvolveram mandíbulas há aproximadamente 420 milhões de anos, de acordo com análises genéticas recentes. O período Devoniano (também chamado de “Era dos Peixes”), se estendeu de 419 milhões a 359 milhões de anos atrás, quando o peixe de mandíbula habitava os mares.


Pequeno e feroz

Foram localizados em Chongqing Lagerstätte, cerca de 20 espécimes separados de um pequeno peixe chamado pelos pesquisadores de Xiushanosteus mirabilis, fazendo desse animal o tipo de peixe mais abundante nesse grupo fóssil.



Esse peixe media cerca de 30 milímetros de comprimento, e tinha um escudo de cabeça largo e ósseo, e seu corpo era coberto de pequenas escamas em forma de diamante.


A abundância do X. mirabilis em um local do início do Período Siluriano se deve às boas condições de fossilização – esses minúsculos animais localizados em Chongqing seriam mais difíceis de preservar do que as maiores espécies sem mandíbula da época.


Um tubarão fortemente blindado e minúsculo

Há aproximadamente 450 milhões de anos, surgiram dois tipos de peixes com mandíbula, e ambos foram encontrados em Chongqing. Esse novo local e extraordinário pela presença de peixes de mandíbula óssea. Mas o Shenacanthus vermiformis cartilaginoso também habitou algum tempo nesse ambiente.



Fonte: SoCientífica

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