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Encontro de Zelensky com primeiro-ministro britânico e o rei Charles III em Londres. Imagem do G1. Divulgação.
Nesta segunda-feira (15), ocorreu em Londres o encontro entre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak e o rei Charles III. Nessa reunião eles trataram de uma possível ajuda britânica aos ucranianos na guerra contra a Rússia. Após a proposta de Zelensky, o premiê prometeu abordar o assunto sobre o envio de aviões de combate em reunião do G7, mas descartou o envio de caças por enquanto. No entanto, Sunak prometeu enviar drones e mísseis para ajudar as defesas da Ucrânia contra as ofensivas russas.
Zelensky declarou esta confiante de que rapidamente um acordo será firmado e o envio de caças dos companheiros ocidentais ao seu país acontecerá muito em breve. Ele disse que a conversa com Sunak sobre essa questão foi bastante promissora e que está otimista sobre à formação de uma "coalizão de aviões de combate" para auxiliar na guerra contra a Rússia.
Entre os países da Otan paira uma grande incerteza em se comprometer com o enviou de caças modernos à Ucrânia. Em uma coletiva de imprensa, um porta-voz do governo britânico afirmou categoricamente que a Grã-Bretanha não tem planos para entregar caças à Ucrânia. Por outro lado, o primeiro-ministro britânico declarou que seu país não negará ajuda à Ucrânia e treinará pilotos de combate, como parte de seu pacote de ajuda ao governo ucraniano. "Estamos prontos para implementar esses planos em um tempo relativamente curto" Garantiu Sunak.
Entre os dias 19 e 21 de maio, a cúpula do G7 se reúne em Hiroshima, no Japão, e Zelensky fará um pronunciamento em vídeo. Sunak afirmou que tratará da questão do apoio aéreo com os demais integrantes do grupo.
Um integrante do gabinete do primeiro-ministro confirmou que o Reino Unido enviará – já nos próximos meses – centenas de sistemas de mísseis e drones de longo alcance. Nos últimos meses, Londres se tornou um dos principais aliados militares da Ucrânia, fornecendo inúmeros tranques e mísseis, e auxiliando no treinamento de 15 mil soldados ucranianos em solo britânico. No início deste mês, a Ucrânia recebeu dos britânicos mísseis de Storm Shadow, capazes de atingir alvos a uma distância de mais de 250 quilômetros.
Sunak declarou que "esse é um momento crucial para a resistência ucraniana a uma terrível guerra e agressão que eles não escolheram ou provocaram". "Eles precisam de apoio contínuo da comunidade internacional para se defenderem dos ataques incessantes e indiscriminados que se tornaram a realidade diária da guerra há mais de um ano. Não podemos decepcioná-los", completou.
A promessa do Reino Unido foi recebida como "extremamente negativa" pelo Kremlin. Ele avalia o enviou de mais armamentos a Kiev como um fato insignificante que não vai mudar drasticamente o curso da guerra. O porta-voz do governo russo, Dmitry Peskov, declarou que “o Reino Unido aspira ser a vanguarda entre os países que abastecem a Ucrânia de armas”.
O porta-voz russo afirmou que a ajuda aérea do Ocidente aos ucranianos não terá influência significativa no curso da guerra, no entanto, "isso, levará a mais destruição e mais ações. Deixa toda essa história muito mais complicada para a Ucrânia".
O presidente Zelensky viajou por algumas das principais capitais da Europa tentando obter promessas de ajuda da Itália, Alemanha, França e Reino Unido. Essa viagem acontece antes de uma prevista contraofensiva ucraniana contra os russos, visando recuperar alguns territórios tomados pela Rússia.
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou que enviará ao território ucraniano dezenas de tanques leves, sistemas de defesa antiaérea e blindados já nas próximas semanas. Ele também garante que cerca de 2 mil soldados ucranianos receberão treinamento em solo francês ainda este ano, e outros 4 mil na Polônia.
Fonte: DW