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Miep Gies: mulher que escondeu Anne Frank dos nazistas e manteve sua história viva

Atualizado: 7 de jun. de 2023

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Miep Gies: mulher que escondeu Anne Frank dos nazistas e manteve sua história viva - História em Destaque

Em 1936, Miep Gies trabalhava na Opekta, empresa de propriedade de Otto Frank em Amsterdã, Holanda.


A jovem Miep Gies vivia na Amsterdã ocupada pelos alemães em 1942. Recém-casada, ele trabalhava em um escritório da cidade, enquanto os invasores ampliavam seu controle sobre a região. Seu chefe, Otto Frank, pediu para que a jovem Gies escondesse ele e sua família dos alemães, que estavam enviando judeus para campos de concentração nazistas. A família Frank e outras quatro pessoas se esconderam em salas secretas acima do negócio de Otto, enquanto Gies se arriscava diariamente, durante dois anos, contrabandeando comida para as pessoas escondidas.



Em 1944, Gies não conseguiu mais proteger a família, e finalmente os alemães chegaram e os levaram, mas ela salvou os diários de Anne Frank, mantendo viva sua história. É graças a Miep Gies que o mundo tem O diário de uma jovem.


Ao longo dos anos, Gies sempre ouvia as pessoas chamando-a de heroína, mas ela sempre deu esta resposta: “Mesmo uma secretária comum, uma dona de casa ou um adolescente pode, dentre de seus próprios meios, acender uma pequena luz em um quarto escuro.”


Gies havia conhecido de perto os hores de uma guerra mundial. Vinte e um anos antes de se envolver com os Franks, os pais de Gies a enviaram, uma criança de 11 anos, faminta e doente, de sua morada em Viena para ser adotada por uma família em Leiden, Holanda, fugindo a Primeira Guerra Mundial. Foi assim que, anos depois, ela acabou conhecendo as pessoas que ajudaria.



A história de Gies será contada na minissérie chamada Small Light, que estreia em 1° de maio de 2023, e terá oito episódios filmados em Amsterdã e Praga.

Em entrevista, os criadores e atores refletiram sobre a mulher que inspirou a minissérie.

“Embora a maioria de nós esteja familiarizada com o diário, o que estava acontecendo fora do anexo... é o mistério”, diz Tony Phelan, que dirigiu o projeto com a ajuda de sua esposa Joan Rater.


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Após seis anos de pesquisa, o casal escreveu e produziu a minissérie. Phelan conta que o interesse começou após assistir o documentário, Anne Frank Remembered, que 1995. Phelan e Rater visitaram a Casa de Anne Frank, local onde a família Frank se escondeu dos nazistas – transformado em museu.


Casa onde Anne Frank e sua família se esconderam dos nazistas - História em Destaque

Casa onde Anne Frank e sua família se esconderam dos nazistas. United States Memorial Holocaust Museum. Divulgação.


A atriz Bel Powley, que é judia, sentiu o peso da responsabilidade de contar essa história, principalmente ao se aproximar do fim das filmagens, quando recriaram os estabelecimentos de Otto e o famoso sótão onde a família se escondeu, sem contar, as cenas das ruas sitiadas de Amsterdã.



Anne Frank queria ser escritora famosa, e se tornou. Em seu diário, ela revela de forma única o sentimento de uma típica adolescente e a verdade sobre o Holocausto.


Ainda assim, o mundo jamais leria entradas que iniciam com “Querida Litty” se Gies não tivesse guardado os papéis espalhados e o famoso diário e depois os entregue a Otto, o único sobrevivente da família.



Fonte: National Geographic

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