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Linha Maginot: complexo de fortalezas na França

Atualizado: 2 de dez. de 2022

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Edifício da Linha Maginot - História em Destaque

Sua construção começou em 1929, e foi projetada para ser um sistema de defesa impossível de transpor. O objetivo era construir uma barreira fortificada na fronteira com a Alemanha, no momento, um tradicional inimigo da França.


Essa fortaleza recebeu o nome do político francês André-Louis-René Maginot, ministro da Guerra durante a década de 20 e defensor da construção dessas fortificações. Ele serviu na Primeira Guerra Mundial até 1914, quando foi ferido, e passou a usar muletas e bengalas pelo resto da vida.


Essa fortaleza foi construída e projetada para ter centenas de quilômetros de extensão. Para a historiadora Maria Aparecida de Aquino da Universidade de São Paulo (USP), “Com a Linha Maginot, os franceses esperavam conter o avanço das tropas alemãs por algum tempo na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o que possibilitaria o desenvolvimento maior de sua indústria bélica”.


A fortificação era dividida em várias unidades militares separadas umas das outras por menos de 10 quilômetros de distância. Os fortes ficavam embaixo da terra numa profundidade de 30 metros ou mais. Eram compostas por alojamentos, depósitos e até mesmo mini usinas garantindo sua autonomia. As grandes baterias de artilharia ficavam na superfície apoiadas por casamatas de vários tipos, também contavam com diversos pontos de observação.



Haviam 180 enormes fortes subterrâneos guardando a linha de 15 em 15 km, 410 casamatas para a infantaria, 152 torres móveis, 1 536 cúpulas fixas e 339 peças de artilharia. Tudo interligado por 100 km de galerias subterrâneas. Temendo que ocorresse uma grande explosão, os depósitos de munição foram divididos em 3 áreas separadas. O principal era o M1, com 7 câmaras e protegia 3 mil projéteis. O segundo, chamado M2, ficava ao pé de cada bloco de combate, e guardava 2,8 mil. E o terceiro ficava dentro da própria sala de combate, e tinha espaço para mais 600 projéteis.


Imagem interna da Instalação da Linha Maginot - História em Destaque

Os fortes eram equipados com um sistema de ventilação e filtros de ar, que foram projetados pensando nos ataques com gás da Primeira Guerra Mundial. O sistema servia ainda para limpar o ar da fumaça dos canhões e das máquinas a diesel. Para o funcionamento da Linha Maginot, a energia elétrica era de vital importância. Além dos meios tradicionais, a fortaleza possuía 4 grupos de geradores a diesel em cada forte, cada um com 250 kilowatts, com uma autonomia de até 2 meses. Haviam 8 reservatórios de água, num total de 400m³.



Após um grande lobby do ministro da guerra francês, André Louis René Maginot, as obras foram iniciadas. Maginot não viveria para ver a construção finalizada, ele morreu em 1932, aos 55 anos, de febre tifoide.


O complexo possuía apenas duas entradas. Uma destinada as tropas e outra para as munições. Estas entradas estavam localizadas atrás da fortaleza, voltadas para a França, camufladas por bosques e protegidas por armas antitanque, voltadas para a estrada de acesso.


O exército alemão deflagrou seu primeiro ataque a linha Maginot em 16 de maio de 1940, e foi dirigido contra as fortificações isoladas em La Ferté no extremo oeste da linha. Quando a Segunda Guerra Mundial começou, esse enorme complexo não foi capaz de proteger a França dos ataques alemães. Ao invés de enfrentar a Linha Maginot, os alemães deram a volta, invadindo a França a partir da Bélgica onde havia menos proteção. Essa manobra só teve êxito porque a fortificação não chegou a ser completada deixando parte da fronteira desprotegida.



Fonte (s): History e United States Hoslocasut Memorial Museum

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