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Linha do tempo do caso Kristin Smart

Atualizado: 13 de dez. de 2023

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Linha do tempo do caso Kristin Smart - História em Destaque

Kristin Smart era uma caloura na California Polytechnic State University, em San Luis Obispo, com 19 anos quando desapareceu misteriosamente em 1996. Após anos de investigação, ela foi legalmente declarada morta em 2002.


No dia 24 de maio de 1996, a jovem Kristin Smart, saiu de uma festa fora do campus em San Luis Obispo, Califórnia, e retornava para seu dormitório quando desapareceu. Ela nunca mais foi vista novamente.



Aqui está a linha do tempo do caso


25 de maio de 1996

O desaparecimento


Smart, que era de Stockton, Califórnia, acabara de ingressar na California Polytechnic State University, em San Luis Obispo (Cal Poly). No dia 24 de maio de 1996, Smart participou de uma festa fora do campus. Colegas relataram que ela saiu por volta de 2h da manhã do dia 25, e que logo após a encontraram desmaiada. Os detetives disseram que alguns colegas viram Paul Flores (também aluno da Cal Poly) surgir de repente, alegando conhecer a jovem e sabia onde ficava o seu dormitório. Então os colegas foram embora e Flores continuou andando com Smart. Essa foi a última vez que a jovem foi vista. Mais tarde, Flores disse aos investigadores que tinha acompanhado Smart até seu dormitório, e em seguida, eles se separaram.


No dia 28 de maio, à polícia do campus apresentou um relatório de desaparecimento. No mês seguinte, o Gabinete do Xerife do Condado de San Luis Obispo assumiu como principal investigador caso Smart.



1996 - 97

A busca


Nesse período, as buscas por Smart, apelidada de Roxy, assumiu vários contornos. Um grupo de busca formado pelo xerife vasculhou partes afastadas do campus da Cal Poly a cavalo, logo após seu desaparecimento. Também foram utilizados helicópteros para ajudar nas buscas. A polícia revistou o dormitório de Smart em Muir Hall, e usou cães para vasculhar o dormitório de Paul Flores a procura de um cadáver.


No início, Paul Flores se mostrou uma “pessoa interessado” no caso. Ele negou qualquer envolvimento, disse os investigadores.


Em vários locais públicos, outdoors e cartazes de pessoas desaparecidas oferecendo recompensa foram divulgados, inclusive os de Kristin Smart. As autoridades interrogaram os colegas e conhecidos de Smart. Eles descreveram que ela havia ficado na festa quando eles saíram, e quando tudo acabou, ela precisou de ajuda para caminhar, e foi acompanhada por Paul Flores até seu dormitório.



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Em 1997, a família da jovem ingressou com uma ação de US$ 40 milhões (cerca de R$ 196 milhões atualmente) por homicídio culposo contra Flores, mas ele ainda não havia sido acusado criminalmente no caso. Citando a Quinta Emenda, Flores se recusou a responder algumas perguntas durante seu depoimento em novembro de 1997.


2002 - 20

A investigação


Em 2002, a família de Kristin Smart declarou-a legalmente morta, mas as buscas e a investigação continuaram.


Foram expedidos 18 mandados de busca, e coletados – nos primeiros dias do caso – 37 itens para análise de DNA, recuperaram 140 novos itens de evidências e conduziram 91 entrevistas no período de 2011 a 2020, disse o escritório do xerife.



2020 - 21

As prisões


A partir de 2020, as autoridades passaram a considerar Paul Flores como o “principal suspeito” do caso Smart. Em fevereiro, foram executados mandados de busca e apreensão em quatro locais na Califórnia e no estado de Washington. Um desses locais era a casa de Paul Flores em Los Angeles, e os itens coletados foi descrito pelo Gabinete do Xerife do Condado de San Luis Obispo como “itens de interesse”.


A propriedade de Ruben Flores (pai de Paul Flores), em Arroyo Grande, Califórnia, foi revistada pelos investigadores em março de 2021. Eles utilizaram cães farejadores de cadáveres e radares de penetração no solo. Em abril, Paul Flores foi levado de sua casa em Los Angeles, acusado de assassinato. Seu pai foi preso no mesmo dia em sua casa, acusado de cúmplice.


De acordo com o The New York Times, no dia seguinte às prisões, o promotor distrital, Dan Dow, disse que “Paul Flores havia causado a morte de Kristin Smart enquanto cometia ou tentava o estupro, e Ruben Flores ajudou a esconder os restos mortais da garota”.


No entanto, em 19 de abril, pai e filho se declararam inocentes.



Ambos compareceram pela primeira vez ao tribunal em 14 de julho – no Tribunal Superior de San Luis Obispo –, onde o juiz Craig B. van Rooyen negou o movimento do promotor público para adicionar duas acusações, uma delas de estupro conta Paul Flores.


Segundo a mídia local, em 2 de agosto, a família de Smart declarou confiar no sistema de justiça, e se sentia “confortada por saber que Kristin está no coração de tantas pessoas e que ela não foi esquecida”.


2022

O julgamento


Em abril, o juiz van Rooyen anunciou a mudança de local do julgamento – de San Luis Obispo para o Condado de Monterey – devido à ampla publicidade em torno do caso.


Em 18 de julho, iniciou-se o julgamento com as declarações iniciais no Tribunal Superior do Condado de Monterey, em Salinas. Três dias depois, os pais de kristin Smart e seu irmão, testemunharam sobre o desaparecimento da jovem.



“Durante os 25 anos seguintes, fiz tudo o que pude e procurei respostas onde quer que pudesse”, disse Denise Smart (mãe de Kristin) ao tribunal, de acordo com a CBS.


Os vereditos

Paul Flores foi considerado culpado pelo assassinato de Kristin Smart em 18 de outubro, e seu pai foi inocentado da acusação de ter ajudado a esconder o corpo da jovem.


2023

A sentença


O veredicto saiu em 10 de março de 2023, e Paul Flores foi condenado a 25 anos de prisão perpétua, o máximo permitido. Jennifer O’Keefe, juíza do Tribunal Superior, foi incisiva nas suas observações, dizendo-lhe que Paul tinha sido “um câncer para a sociedade” que merecia passar o resto da vida atrás das grades.


“Durante 25 anos, você viveu livre na comunidade, enquanto a família de Kristin viveu um pesadelo”, disse O’Keefe, segundo o The New York Times.



Fonte(s): CBS News e The New York Times


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