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Na história persa, os Dez Mil Imortais (ou Imortais) eram uma unidade militar de elite do exército Aquemênida (c. 550-330 a.C.) da Pérsia Antiga. Na guerra persa, eles eram considerados a tropa de choque da infantaria, sob o comando de um hazarapat, ou comandante-em-chefe. Os Imortais formavam a guarda pessoal do rei que era composta em sua maioria por persas, mas havia também elamitas e medos. Eles receberam esse nome devido à política de sempre manter seu número exatamente em 10.000, mesmo após grandes batalhas; se um dos homens fosse morto ou não pudesse assumir seu compromisso, outro era selecionado e posto no seu lugar, dando a impressão de que não podiam ser mortos, portanto, eram imortais.
A primeira referência sobre os Imortais que se tem conhecimento vem do historiador grego Heródoto (lc 484-413 a.C.) em suas Histórias (VII.83.1, VII.21.1, VIII.113.2), e de escritores posteriores como Heráclides de Cumas (c. 350 a.C.) ou Ateneu de Naucratis (l. 2º / início do 3º século d.C.), e acredita-se que outros tenham se inspirado no trabalho de Heródoto. Parece improvável que o historiador Xenofonte (l. 430 – c. 354 a.C.) ou Polieno (l. século II d.C.), tenham se inspirado em Heródoto, uma vez que as informações fornecidas por ambos não são encontradas nas Histórias de Heródoto. Certamente, Xenofonte ouviu histórias sobre os Imortais, pois lutou como mercenário na Pérsia sob o comando de Ciro, o Jovem (falecido em 401 a.C.).