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Hamas: entenda como surgiu esse grupo terrorista

Atualizado: 12 de out de 2023

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Hamas: entenda como surgiu esse grupo terrorista - História em Destaque

Membros do Hamas fortemente armados em Gaza.


Hamas, acrônimo de Ḥarakat al-Muqāwamah al-Islāmiyyah, Movimento de Resistência Islâmica. É um grupo terrorista islâmico palestino na Cisjordânia e Faixa de Gaza que defende o estabelecimento de um estado islâmico independente na Palestina.


A partir de 1970, pessoas ligadas ao movimento A Irmandade Muçulmana estabeleceram uma rede de instituições de caridade, médicas e escolares, e tornaram-se ativas nos territórios ocupados por Israel após a Guerra dos Seis Dias de 1967 (Faixa de Gaza e Cisjordânia). Em Gaza, o movimento era atuante em muitas mesquitas, enquanto na Cisjordânia atuavam nas universidades. As atividades nestas áreas, em geral, não eram violentas, mas vários grupos passam a recorrer à jihad, ou guerra santa, contra Israel.


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O Hamas foi estabelecido em 1987, durante a intifada palestina contra a ocupação israelense, e a organização terrorista rapidamente adquiriu amplo seguimento. Na sua carta de 1988, o grupo defendeu que a Palestina é uma pátria islâmica que nunca poderia ser entregue aos não muçulmanos e que é um dever religioso travar uma guerra santa contra o domínio israelense. Nesse mesmo ano, a OLP reconheceu o direito de existência de Israel. O grupo defende o estabelecimento de um Estado palestino islâmico no lugar de Israel e rejeita todos os acordos realizados entre a OLP e Israel. A força do grupo está concentrada na Faixa de Gaza e em regiões da Cisjordânia.



Em 1989, o Hamas se tornou cada vez mais violento, realizando ataques contra alvos civis e militares, o que levou Israel a prender vários líderes do grupo. Nos anos seguintes, o Hamas sofreu algumas reformas em sua estrutura de comando e na localização de líderes-chave fora do alcance de Israel. No ano de 1996, foi instituído um gabinete político responsável pelas relações internacionais e pela arrecadação de fundos da organização, elegendo Khaled Meshaal como chefe, e o braço seu braço armado foi reconstituído como Forças ʿIzz al-Dīn al-Qassām.


Os líderes do Hamas foram expulsos da Jordânia em 1999, acusados de usar os escritórios em Amã como postos de comando para atividades militares em Gaza. Em 2001, o grupo se estabeleceu um Damasco, na Síria. O Hamas mudou-se novamente em 2012, para Doha, no Qatar, por não conseguir o apoio do líder sírio Assad na sua repressão à revolta síria.



O Hamas venceu as eleições legislativas nos territórios palestinos em 2006, pondo fim ao domínio do partido Fatah sobre a Autoridade Palestina. No início de 2008, o grupo realizou um atentado suicida e diversos ataque com foguetes, matando um civil e ferindo vários outros. Os EUA designaram o Hamas como uma organização terrorista estrangeira. Em junho desse mesmo ano, o grupo Hamas firmou um acordo com Israel, reduzindo durante seis meses os ataques com foguetes. No entanto, após a calma temporário, o grupo retomou os ataques com foguetes, desencadeando uma gigantesca operação militar israelense no final de dezembro de 2008. Em janeiro de 2009, após destruir parte das bases do Hamas na Faixa de Gaza, o governo de Israel declarou um cessar-fogo unilateral.


Em abril de 2011, o Hamas e o Fatah concordaram em criar um governo interino e realizar eleições. O Hamas deixou sua base de longa data em Damasco e se dispersou por toda a região à medida que o presidente sírio Bashar al-Asad combatia a oposição. A permanência na Síria se tornou insustentável para o grupo. Após uma semana de conflito, um acordo de cessar-fogo foi mediado pelo Egito, em novembro. No ano de 2014, é formado um governo tecnocrata sob o comando do primeiro-ministro da AP, Rami Hamdallah.



O conflito entre Israel e o Hamas se intensificou após três adolescentes israelenses terem sido raptadas e mortos na Cisjordânia em junho – mortes atribuídas por Israel ao Hamas – e um palestino ter sido morto por colonos israelenses como vingança. Os ataques com foguetes do Hamas na Faixa de Gaza se tornaram o conflito mais longo e letal com Israel desde 2009.



Fonte(s): Britannica e National Counterterrorism Center

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