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O presidente russo, Vladimir Putin, à esquerda, encontra-se com o secretário do Conselho de Segurança, Nikolai Patrushev, em Moscou, junho de 2017. (Sputnik/Mikhail Klimentyev/Kremlin/Reuters). Divulgação.
Durante entrevista ao jornal estatal Gazeta Rossiiskaya, o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, declarou que Moscou tem “armas modernas e únicas, capazes de destruir qualquer adversário, incluindo os Estados Unidos”. Essa advertência ocorre após a OTAN rebater Putin sobre a implantação de armas nucleares.
Em outro comentário, Patrushev diz que: “Os políticos americanos presos por sua própria propaganda continuam confiantes de que, no caso de um conflito direto com a Rússia, os Estados Unidos são capazes de lançar um ataque preventivo com mísseis, após o qual a Rússia não será mais capaz de responder. Isso é míope, estupidez e muito perigoso". “A Rússia é paciente e não intimida ninguém com sua vantagem militar. Mas possui armas modernas e únicas capazes de destruir qualquer adversário, inclusive os Estados Unidos, em caso de ameaça à sua existência". Acrescentou Patrushev.
Após Vladimir Putin anunciar no domingo que moveria armas nucleares táticas para a Bielo-Rússia em resposta ao apoio do Reino Unido de fornecer à ucrânia munições que contêm urânio empobrecido, a OTAN se pronunciou e classificou a ação como sendo “perigosa e irresponsável”.
Ao falar com à Reuters, a porta-voz da OTAN, Oana Lungescu, afirmou que: "A OTAN está vigilante e estamos monitorando de perto a situação. Não vimos nenhuma mudança na postura nuclear da Rússia que nos levasse a ajustar a nossa".
Já o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, declarou no domingo que as autoridades de defesa dos Estados Unidos não notaram nenhuma indicação de reposicionamento do armamento nuclear tático russo.
"Na verdade, não vimos nenhuma indicação de que ele tenha qualquer intenção de usar armas nucleares, dentro da Ucrânia, ponto final", acrescentou ele em entrevista no domingo ao programa "Face the Nation", da CBS.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, reagiu à notícia pedindo uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU e acusou a Rússia de tomar “outro passo provocativo” para afligir “o sistema de segurança internacional como um todo”.
Na semana passada, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, criticou a reação do Ocidente à visita do presidente da China Xi Jinping a Moscou como sendo “profundamente hostil”. "Quanto à reação dos países ocidentais, é praticamente em todas as questões nada além de hostil e profundamente hostil, isso não é segredo para ninguém", acrescentou Peskov.
Fonte: Fox News