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Dois navios de guerra do Irã atracam no Brasil e deixam autoridades internacionais preocupadas

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Navio de guerra iraniano Iris Dena - História em Destaque

Navio de guerra iraniano Iris Dena. Islamic Public News Agency. Divulgação.


No dia 26 de fevereiro, dois navios de guerra iranianos chagaram ao litoral brasileiro e receberam permissão do governo do Brasil para atracar no Rio de Janeiro. Essa decisão provocou repreensões tanto de Israel quanto dos EUA.


"Israel vê a atracação de navios de guerra iranianos no Brasil há alguns dias como um desenvolvimento perigoso e lamentável", escreveu o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores de Israel, Lior Haiat, na última quinta-feira (02) no Twitter. "O Brasil não deve conceder nenhum prêmio a um Estado maligno."



No dia seguinte, vieram os comentários do porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price. Respondendo a um repórter sobre a chegada dos navios ao Brasil, Price disse que Washington está discutindo o assunto com as autoridades brasileiras e quer garantir que o Irã “não seja capaz de se firmar, não consiga tirar vantagem de outros em nosso hemisfério.”


“Certamente não é o caso do governo brasileiro, o povo brasileiro não gostaria de fazer qualquer coisa que ajudasse um regime responsável por uma brutal repressão contra seu próprio povo”, acrescentou Price.



Na última quinta-feira (02), um dos navios foi avistado na famosa costa do Rio de Janeiro, enquanto o outro estava atracado no centro da cidade. Os navios IRIS Makran e IRIS Dena receberam autorização do presidente Lula para permanecer no Rio até dia 4 de março.


No início de fevereiro o governo dos EUA havia alertado as autoridades brasileiras sobre a movimentação dos navios iranianos, mesmo assim, o Brasil permitiu que os navios atracassem em território brasileiro, causando grande temor internacional.



Se não bastasse o ato irresponsável da Marinha do Brasil e do governo brasileiro em permitir o atracamento dos dois navios, na última terça-feira (28), o presidente Lula enviou representantes para participar de uma festa em uma das embarcações, festa essa que ainda é um mistério e levanta várias suspeitas, mas segundo o governo, tratava-se apenas de uma cerimônia em alusão aos 120 anos de relações entre o regime ditatorial e o Brasil, em especial com o partido dos trabalhadores (o PT).


A viagem da marinha iraniana acontece em meio a tensões entre Teerã e o Ocidente devido ao fim de seu acordo nuclear de 2015 com as potências mundiais. Outro fato que elevou as tensões foi o enriquecimento de urânio pela República Islâmica para níveis mais próximos de armas.


O governo iraniano tratou a viagem como um desfio à influência e o poder americano em seu próprio quintal. Em janeiro, a agência de notícias IRNA que é estatal, citou o comandante da marinha iraniana, dizendo que “a República Islâmica não estará presente em dois estreitos importantes no planeta, mas neste ano, as autoridades iranianas planejam ter uma presença em um deles, que é o Panamá”. A mídia descreve a viagem dos dois navios como uma afronta à “hegemonia” americana.



O regime totalitário do Irã enfrenta uma onda de protestos em todo o país após a morte da jovem Mahsa Amini, de apenas 22 anos, em setembro. Amini foi acusada de infringir o rígido código de vestimenta feminino ao deixar o cabelo aparecer em público. Ela foi presa e espancada pela polícia da moral de Teerã. Amini entrou em coma e morreu três dias depois no hospital. Os manifestantes do país estão sendo massacrados impiedosamente pelo governo iraniano – uma das maiores ditaduras do mundo. Além disso, Teerã forneceu drones à Rússia para atacar a Ucrânia, realizaram exercícios na região de fronteira com o Azerbaijão e bombardearam posições curdas no Iraque.


Na terça-feira, o senador americano Ted Cruz (partido republicano), advertiu que os EUA já sancionaram os dois navios de guerra do Irã, e o porto do Rio de Janeiro e quaisquer prestadores de serviços brasileiros estão agora sob risco de sanções.


“O governo Biden é obrigado a impor sanções relevantes, reavaliar a cooperação do Brasil com os esforços antiterroristas dos EUA e reexaminar se o Brasil está mantendo medidas antiterroristas eficazes em seus portos”, escreveu Cruz.



Fonte: Fox News

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