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Evidência na Grécia revela a presença mais antiga de humanos na região

Atualizado: 17 de out. de 2023


Evidência na Grécia revela a presença mais antiga de humanos na região - História em Destaque

Ferramentas de pedra feitas por hominídeos de e Choremi 7 na Grécia. (Crédito da imagem: Ministério da Cultura Grega).


No início deste mês foi publicado no portal do Ministério da Cultura e Esportes da Grécia a descoberta de evidências mais antigas de hominídeos na Grécia.


As evidências foram encontradas em um sítio pré-histórico na Grécia, e apresentam objetos de até 700.000 anos atrás. Diversos sítios pré-históricos na Grécia revelam que os humanos caçavam elefantes entre 280.000 e 700.000 anos atrás. O mais antigo deles remonta a presença de hominídeos na região por volta de 250.000 anos.



Os pesquisadores não sabem ao certo qual hominídeo (um termo que inclui humanos e seus ancestrais) usou o local, mas eles suspeitam que tenha sido o Homo sapiens arcaico.


A cerca de 200 quilômetros a sudoeste de Atenas, a Bacia de Megalópole em Arcádia era conhecida há décadas por abriga vários fósseis antigos, mas poucas escavações arqueológicas foram realizadas no local. No entanto, recentemente, o Ministério de Cultura e Esportes da Grécia e a Escola Americana de Estudos Clássicos em Atenas iniciaram uma escavação com previsão de duração de cinco anos para compreender ainda mais o contexto dos locais de Megalópole.


Novos locais arqueológicos foram revelados durante a atividade de mineração na região. Os cincos locais “expuseram os sedimentos com fósseis a uma profundidade muito maior, revelando assim restos mais antigos”, disse Katerina Harvati, paleoantropóloga a Universidade de Tübingen, na Alemanha, e líder do co-projeto, ao Live Science.


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Em comunicado, o Ministério da Cultura e Esportes da Grécia destacou a importância dos locais para compreender o desenvolvimento do período Paleolítico Inferior (3,3 milhões a 300.000 anos atrás). Com datação de cerca de 280.000 anos atrás, o Choremi 7 – local mais recente – revelou ferramentas de pedra e ossos de veado com possíveis marcas de corte. Tripotamos 4, com 400.000 anos, apresentava uma grande concentração de ferramentas de pedra. Foram encontradas também novas formas de trabalhar a pedra em comparação com sítios mais antigos.



Os pesquisadores descobriram um esqueleto de hipopótamo com marcas de ferramentas de pedra em Marathousa 2, com datação de 450.000 anos atrás, indicando que os hominídeos estavam caçando e presumivelmente se alimentando desses animais.


Um antigo crânio de veado, encontrado no sítio 4 de Kyparissia - História em Destaque

Um antigo crânio de veado, encontrado no sítio 4 de Kyparissia.(Crédito da imagem: Copyright YPPOA (Ministério da Cultura Grega))


“Os ossos de hipopótamo marcados de Marathousa 2, que também foram encontrados com um artefato lítico, são os únicos achados do Pleistoceno Médio do sudeste da Europa”, disse Harvati ao Live Science.



O sítio arqueológico de Kyparisia 4, foi localizado a cerca de 70 metros abaixo da superfície. Sua datação é de 700.000 anos atrás, tornando-se o sítio arqueológico mais antigo do Paleolítico Inferior na Grécia. A equipe encontrou várias ferramentas de pedra, assim como restos de espécies extintas de cervos gigantes, rinocerontes, hipopótamos, elefantes e macacos. Os pesquisadores constataram também que durante uma grande era glacial entre 500.000 e 300.000 anos atrás (quando as geleiras cobriram grande parte da Europa), essa parte da região não teria gelo.


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A pesquisa reconstruiu o paleoambiente da bacia, e revelou que o local funcionou como uma espécie de refúgio durante a Idade do Gelo, “possibilitando que populações de animais e plantas – e também grupos de hominídeos – sobrevivessem durante os tempos glaciais severos, quando teriam desaparecidos de partes mais ao norte do continente europeu”, disse Harvati.


Segundo Harvati, as “condições de preservação excepcionais e altamente incomuns” na Bacia de Megalópole, indica que sua equipe não está apenas recuperando ferramentas de pedra e fósseis, mas também restos de animais, madeira, restos de plantas e até insetos. Essa descoberta se torna importantíssimas considerando que o sudeste da Europa é inexplorado com relação a este período.



Fonte: Live Science

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