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EUA atacam outro local controlado pelos Houthis no Iêmen após alertar navios

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EUA atacam outro local controlado pelos Houthis  no Iêmen após alertar navios - História em Destaque

Imagem da decolagem de aviões militares


De acordo com o artigo publicado na Associated Press no sábado (13), os militares americanos lançaram ataques na manhã de sábado a outro local controlado pelo grupo terrorista Houthis no Iêmen. Após os ataques aéreos conjuntos dos EUA e Grã-Bretanha contra os terroristas do Houthis na sexta-feira, o governo americano alertou os navios comerciais no Mar Vermelho para o risco de retaliação.



Testemunhas contaram que ouviram fortes explosões na capital do Iêmen, Sanaa. O Comando Central norte-americano informou que a “ação de acompanhamento” de sábado, tinha como alvo um local sob o controle do grupo terrorista Houthis, e foi conduzida pelo Destroier da Marinha USS Carney, usando mísseis Tomahawk.


Na sexta-feira, primeiro dia de ataque, foram atingidos 28 locais e mais de 60 alvos. O presidente americano Joe Biden, avisou na sexta-feira que os Houthis apoiados pelo regime dos aiatolás atômicos do Irã poderiam sofrer novos ataques.


Ataques dos EUA e do Reino Unido contra os Houthis no Iêmen. AP


Navios de bandeira americana foram alertados na sexta-feira para se afastarem de áreas ao redor do Iêmen, no Mar Vermelho e no Golfo de Aden, por 72 horas após os ataques aéreos iniciais. Esse aviso ocorreu após os Houthis do Iêmen prometerem retaliação, numa região já assolada pela guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas em Gaza.



O ataque liderado pelos EUA ocorre em resposta a uma recente onda de ataques com drones e mísseis contra navios comerciais no Mar Vermelho. Os Houthis informaram que já assassinaram pelo menos cinco pessoas e feriram seis. A Casa Branca informou que os dois ataques americanos e britânicos atingiram 28 locais em diferentes áreas do Iêmen controladas pelos Houthis.


Sala de operações do HMS Diamond mostra a preparação dos mísseis Sea Viper para serem disparados no Mar Vermelho. Imagem do Ministério da Defesa do Reino Unido.


O presidente americano declarou aos repórteres que irá responder militarmente aos Houthis se eles continuarem os ataques, que ele chamou de “ultrajantes”. Biden mexeu com os ânimos de alguns legisladores, tanto democratas como republicanos, por ele não buscar uma autorização do Congresso antes de realizar os ataques.


“Eles estão errados, e eu enviei esta manhã, quando ocorreram os ataques, exatamente o que aconteceu”, disse Biden.



Segundo o Pentágono, a ordem para a ação militar veio do secretário de Defesa, Lloyd Austin, que está hospitalizado, se recuperando de complicações após uma cirurgia de câncer de próstata.


Em 2021, o então presidente Donald Trump havia designado os Houthis como uma “organização terrorista estrangeire” e “terroristas globais”, mas, após Biden assumir a presidência dos EUA, a administração retirou formalmente a designação de organização terrorista. Agora, o governo americano pretende redesignar esse grupo.


De acordo com o tenente-general Douglas Sims, diretor do Estado-Maior Conjunto, os ataques dos EUA na sexta-feira ocorreram em grande parte em áreas pouco povoadas e o número de mortos não seria alto. Ele disse que os ataques foram direcionados para atingirem armas, radares e outros alvos específicos, principalmente em áreas montanhosas e remotas.



Antes do amanhecer, os bombardeios iluminaram o céu sobre vários locais controlados pelos terroristas, chamando a atenção do mundo novamente para uma guerra de anos do Iêmen, que iniciou quando os Houthis tomaram a capital do país.


Os terroristas Houthis têm atacado navios no Mar Vermelho desde novembro do ano passado, como vingança pela ofensiva de Israel em Gaza contra o Hamas – outro grupo terrorista. No entanto, os navios atacados não têm nenhuma relação com Israel. Essa rota é fundamental para o comércio global e para o transporte de energia.


O general Yahya Saree (porta-voz dos Houthis) disse em um discurso gravado que os ataques liderados pelos americanos “não ficariam sem resposta ou impunes”.


A administração Biden e seus aliados vem tentando acalmar as tensões no Oriente Médio, tentando evitar que o conflito se torne mais amplo – o que parece que foi desencadeada pelos ataques.



A Arábia Saudita, que apoia o governo no exílio contra o qual os Houthis lutam, está tentando se distanciar dos ataques enquanto tenta manter a delicada ralação com o Irã e um cessar-fogo no Iêmen.


Os terroristas houthis afirmaram que pelo menos cinco locais, incluindo campos de aviação, foram bombardeados, mas as informações sobre a extensão dos danos causados ainda não estão claras.


Segundo o Comando Central das Forças Aéreas dos EUA, os ataques se concentraram nos depósitos de munições, sistemas de lançamento, sistemas de radar de defesa aérea. “Os ataques envolveram mais de 150 munições guiadas com precisão e mísseis Tomahawk”, diz a publicação da AP.


A Grã-Bretanha – aliada dos EUA – informou que os ataques atingiram um local usado pelos Houthis em Bani, para lançar drones e um campo de aviação em Abbs usado como local de lançamento de mísseis de cruzeiro e drones.



O Irã divulgou imagens da captura de um petroleiro no Golfo de Omã, que estava no centro de uma disputa entre Washington e Teerã. No vídeo, aparece um helicóptero sobrevoando o convés do Saint. Nikolas, apreendido pela marinha iraniana na quinta-feira. Esse navio era conhecido anteriormente como Suez Rajan. No ano passado, os EUA apreenderam 1 milhão de barris de petróleo iraniano sancionado nesse navio.


“A América e a Grã-Bretanha terão, sem dúvidas, de se preparar para pagar um preço elevado e suportar todas as terríveis consequências dessa agressão”, disse Hussein al-Ezzi, do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Houthis.


A rota do Mar Vermelho é uma via navegável importante para o comércio global, e os ataques dos Houthis causaram graves perturbações. O petróleo Brent foi negociado com uma alta de cerca de 4% na sexta-feira, US$ 80 (cerca de R$ 389,00) a mais no Barril. Devido aos ataques dos Houthis, a Tesla disse que interromperia temporariamente grande parte da produção em sua fábrica na Alemanha.



Na sexta-feira, um comício foi organizado em Saada, reduto dos Houthis no noroeste do Iêmen, para criticar os EUA e Israel.


O grupo terrorista Houthis controlam atualmente um território no Iêmen que abriga cerca de 34 milhões de habitantes. Os Houthis e a guerra tornaram o Iêmen um dos países mais pobres do mundo árabe. É também o país onde a maioria da população sofre de insegurança alimentar, segundo o Programa Alimentar Mundial.


Em 2014, os Houthis invadiram Sanaa, iniciando uma guerra no Iêmen. Uma coalizão liderada pela Arábia Saudita, incluindo os Emirados Árabes Unidos, iniciaram uma guerra em apoio ao governo do Iêmen exilado em 2015, transformando a situação em um confronto regional enquanto os Houthis receberam apoio do Irã. Durante a guerra no Iêmen, os EUA lançaram ataques e outras operações militares.



“Os ataques arbitrários não terão outro resultado senão alimentar a insegurança e a instabilidade na região”, disse Nasser Kanaani, porta-voz do Ministério das Ralações Exteriores do Irã.


O embaixador russo Vassily Nebenzia acusou os EUA, a Grã-Bretanha e os aliados de “agressão armada” contra o Iêmen, em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU – que há tempos perdeu sua relevância. Ele também afirmou que se a “escalada continuar, todo o Oriente Médio poderá enfrentar uma catástrofe”.


A Embaixadora dos EUA, Linda Thomas-Greenfield declarou que os ataques foram em legítima defesa. “Portanto, as agressões precisam cometidas pelos Houthis precisam parar”.



Fonte: AP

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