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Arqueólogos encontram o túmulo mais antigo da África


Túmulo mais antigo da áfrica - História em Destaque

Esqueleto de uma criança. Imagem: Jorge González / Elena Santos / Nature. Divulgação.


Há cerca de 78.000 anos, na África Oriental, um grupo de humanos modernos realizou o enterro de uma criança de 3 anos. Uma nova pesquisa revela que a escavação da sepultura da criança é, sem dúvidas, a evidência mais antiga conhecida de humanos modernos enterrando seus mortos na África.


Nos registros arqueológicos, os enterros intencionais são raros antes de 30.000 anos atrás. Alguns enterros mais antigos da África considerados suspeitos datam de 74.000 e 68.000 anos. Em 2013, arqueólogos encontraram uma nova sepultura numa caverna no sudeste do Quênia. Dentro das paredes de uma das trincheiras, os pesquisadores e trabalhadores locais perceberam uma ondulação incomum de sedimentos em forma de poço. Ao inspecionar o local, um pequeno osso caiu e logo se transformou em pó. Então, os arqueólogos perceberam que haviam descoberto um fóssil extraordinariamente delicado, e passaram os próximos 4 anos timidamente escavando e moldando os ossos em gesso. O Museu Nacional do Quênia analisou dois dentes e identificou o corpo como de uma criança.



Os ossos foram enviados para um laboratório no Centro Nacional de Pesquisa sobre Evolução Humana em Burgos, Espanha, para uma análise mais aprofundada. Os pesquisadores utilizaram tomografia computadorizada para analisar os restos mortais, mas não puderam determinar como a criança havia morrido. O arqueólogo e autor sênior do estudo, Michael Petraglia, explica que o ombro torcido do esqueleto indica que ele foi enrolado firmemente em um material semelhante a uma mortalha.


Especialistas utilizaram uma técnica que mostra quando os sedimentos foram expostos à luz pela última vez, revelando que os restos mortais foram colocados cerca de 78.000 anos atrás, tornando o achado, o mais antigo cemitério humano conhecido na África.



Quase metade dos enterros antigos eram de crianças, indicando que morrer jovem poderia ter o mesmo significado de agora, particularmente trágico. “Aqui temos uma criança cujas pernas são puxadas até o peito, em uma pequena cova – é quase como o útero”, diz Petraglia.



Fonte: National Geographic

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