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Imagem mostrando dois esqueletos encontrados em Pompeia. (Imagem AP). Divulgação.
Nesta terça-feira (16), foram descobertos dois esqueletos humanos nas ruínas da antiga cidade romana de Pompeia, destruída pela erupção do vulcão Vesúvio há quase 2 mil anos, informou o Ministério da Cultura da Itália.
Os esqueletos – possivelmente dois homens com idade na faixa dos 50 anos – foram recuperados em uma habitação conhecida como “Casa dos Pintores em Trabalho”. Eles morreram em um terremoto que ocorreu logo após a erupção.
Gabriel Zuchtriegel, diretor do Parque Arqueológico de Pompeia, explicou que os indivíduos foram mortos por destroços de edifícios em colapso, e não por cinzas do vulcão Vesúvio. Fragmentos de paredes foram localizados entre os ossos fraturados, observa Zuchtriegel.
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“As modernas técnicas de escavação ajudam-nos a compreender melhor o inferno que destruiu completamente a cidade de Pompeia durante dois dias, matando muitos habitantes”, afirmou o arqueólogo alemão.
A antiga cidade de Pompeia está localizada a cerca de 23 km a sudeste de Nápoles, Itália, e abrigava cerca de 13.000 pessoas no momento da erupção. Ela foi soterrada por cinzas, pedra-pomes e poeira em 79 d.C., e segundo pesquisadores, a devastação causada pela erupção foi equivalente a várias bombas atômicas.
Nessa tragédia, ao menos 15 a 20% da população foi morta, disse o Ministério da Cultura. Mais de 1.300 esqueletos foram encontrados por arqueólogos nos últimos 150 anos em Pompeia.
O sítio arqueológico de Pompeia só foi encontrado no século XVIII. Recentemente o sítio está passando por uma grande atividade arqueológica com o objetivo de recuperar anos de abandono. Grande parte de sua recuperação é graças a um projeto concluído recentemente, financiado pela União Europeia no valor de 105 milhões de euros (cerca 560 milhões de reais).
“A descoberta desses dois esqueletos nos mostra que ainda precisamos estudar muito, fazer mais escavações para trazer à tona tudo o que continua (escondido) nesse imenso tesouro”, afirmou Gennaro Sangiuliano, ministro da Cultura italiana.
Fonte: Reuters