Artigo
O guerreiro grego Aquiles trata os ferimentos purulentos de Télefo raspando a ferrugem de sua lança na ferida. Século I d.C., baixo-relevo, Herculano. Museu Arqueológico Nacional de Nápoles.
Historiadores se perguntam o quão é antiga a guerra biológica e química. Quando as coisas mais terríveis da natureza foram liberadas pela primeira vez? Surpreendentemente, a habilidade dos humanos em transformar forças naturais em armas tem raízes profundas na história. Muitos especialistas admitem que as armas biológicas e químicas são puramente invenções modernas. Segundo eles, os indivíduos que tivesse a capacidade de produzir esse tipo de arma, transformando venenos, germes, toxinas e outros agentes naturais em armas, necessitaria de um conhecimento científico de toxicologia, epidemiologia, biologia e química.
Ao estudar os mitos gregos, nos deparamos com diversas guerras biológicas, desde armas tingidas com sangue envenenado de Górgonas, até as flechas mortais de Apolo e Ártemis. Para alguns especialistas, o uso das forças naturais era mais do que uma lenda. Em vários textos antigos é possível observar incidentes ocorridos com guerra biológica. Há obras de mais de 50 autores que fornecem evidências de que esse tipo de arma esteve em ação em grandes batalhas no Mediterrâneo, na Índia e na China.