Super Lua Azul Nasce Sobre a Cidade de Nova Orleans em agosto de 2023. Imagem da NASA.
Segundo a publicação da Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço (NASA), a Superlua Azul será nesta segunda-feira (19). “A Lua aparecerá cheia por três dias, da manhã de domingo até o início da manhã de quarta-feira”.
O termo “Superlua” foi criado em 1979 pelo astrólogo Richard Nolle para a Lua cheia ou nova que ocorre quando esse astro está a 90% de sua aproximação da Terra. Segundo a NASA, “Como não vemos realmente Luas Novas, o que chamou a atenção do público foram as superluas cheias, por serem as maiores e mais brilhantes Luas cheias do ano”. Esta Lua será a primeira superlua de quatro Luas Cheias consecutivas este ano, com duas Luas cheias próximas — setembro e outubro.
“Embora não pareça azul, como a terceira Lua cheia em uma estação de quatro Luas cheias, esta será uma Lua Azul. O primeiro uso registrado de “Lua Azul” em inglês data de 1528”, diz Gordon Johnston, executivo aposentado do programa da NASA. Há várias histórias sobre a origem do termo, e uma delas inclui uma antiga frase em inglês que significa “Lua traidora” (por levar a erros na definição das datas para a Quaresma e a Páscoa). Segundo Johnston a origem do termo “pode ser uma comparação com eventos raros, como quando a poeira na atmosfera faz a Lua realmente parecer azul”. A partir de 1940, o termo “Lua Azul” usa-se também para a segunda Lua cheia em um mês que tem duas Luas cheias.
A partir da década de 1930, o Maine Farmer´s Almanac passou a publicar nomes “indígenas” para Luas cheias, e esses nomes se tornaram amplamente conhecidos e usados. Segundo esse almanaque, as tribos Algonquin no nordeste dos EUA chamavam a Lua cheia de Lua do Esturjão, em homenagem aos peixes grandes que eram capturados com facilidade nessa época do ano nos Grandes Lagos e outros corpos d’água. Outros nomes para essa lua incluem a Lua Vermelha, a Lua da Cevada, a Lua do Milho, a Lua do Grão, a Lua do Cachorro.
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A Lua Azul coincide com o festival hindu Raksha Bandhan (que se traduz como “o vínculo de proteção, obrigação ou cuidado”), que celebra o vínculo entre irmãos e irmãs, no qual as irmãs amarram uma pulseira de algodão chamada rakhi no pulso do irmão, recebendo em troca um presente do irmão como um sinal do vínculo contínuo entre eles.
Esta superlua está próxima do meio do mês de Safar (segundo mês do calendário islâmico), do sétimo mês do ano chinês do Dragão e do mês hebraico Av no calendário judaico.
Johnston explica que está se iniciando, possivelmente, uma ótima temporada para observação de Saturno, principalmente através de um telescópio de quintal. Na noite de 7 de setembro, o planeta Saturno estará mais próximo e mais brilhante e se deslocará para o oeste a cada noite, tornando-se mais favorável para observação noturna — uma ótima oportunidade para as crianças que dormem mais cedo. Com o uso de um telescópio, possivelmente você verá Titã, a lua brilhante de Saturno, e seus anéis. “Os anéis estão parecendo mais finos e estarão de lado para a Terra no início de 2025”, diz Johnston. “Não teremos a visão ‘clássica’ de Saturno com seus anéis até 2026.”
Chuva de meteoros
Durante esse ciclo lunar, duas chuvas de meteoros estão previstas, ambas visíveis do Hemisfério Norte. Segundo Johnston, as chuvas deste ciclo são menores em comparação com as Perseidas, que atingiram o pico de 100 meteoros por hora na manhã de 12 de agosto. Na manhã de 31 de agosto, as Aurigidas atingirão o pico de 10 meteoros por hora, e as Perseidas Epsilon, cinco meteoros por hora na manhã de 9 de setembro.
A chuva de meteoros Perseidas atinge seu pico na noite de 12 de agosto até a manhã de 13 de agosto. Com um céu limpo, os observadores puderam ver até 60 meteoros por hora em seu pico. Vídeo da NASA.
Para observar uma chuva de meteoros os especialistas dizem que as melhores condições seriam um seu limpo, sem nuvens, o observador está em um lugar longe de qualquer fonte de luz ou poluição luminosa urbana. “Dê tempo aos seus olhos para se adaptarem à escuridão. Sua visão de cores perto do centro do seu campo de visão se adaptará em cerca de 10 minutos. Sua visão mais sensível em preto e branco melhorará por uma hora ou mais (melhorando a maioria nos primeiros 35 a 45 minutos). Como alguns meteoros são fracos, você tenderá a ver mais meteoros pelo ‘canto do olho’. Mesmo uma curta exposição à luz (de faróis de carros que passam etc.) iniciará a adaptação novamente”, aconselha Johnston.
Destaques do céu noturno
Durante a progressão deste ciclo lunar, Saturno e o fundo estrelado aparecerão se deslocando para o oeste a cada noite (conforme a Terra se move ao redor do Sol). Em 20 de agosto, a Lua cheia passará próximo de Saturno. Vênus se afastará do Sol e só aparecerá acima do horizonte depois de 28 de agosto.
Fonte: NASA
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